Criando ou copiando?
- Daphne Becker
- May 30
- 2 min read
Como você já deve ter visto, este mês teremos mais uma edição do III Congresso de Negócios da CDL, evento que me orgulho muito de ter tido a coragem de implantar na minha gestão, mas que foi idealizado pelo parceiro de diretoria, Maicon Costa.
Este ano teremos uma palestra com o maravilhoso Marcos Piangers. Muito conhecido pelos livros sobre paternidade e pela sua trajetória no programa de rádio “Pretinho Básico”, Piangers é um jornalista com conhecimento em inovação, tema que abordará na sua palestra “Futuros Humanos”.
Tive a oportunidade de assistir uma pequena palestra dele com este tema em uma edição do South Summit POA, onde fiquei extremamente encantada com o assunto, que hoje vem muito a calhar.
Nos últimos tempos, as redes sociais foram tomadas por uma enxurrada de trends impulsionadas pela inteligência artificial. O que é uma trend? Uma cópia. Passamos horas olhando vídeos iguais nas redes sociais, apenas novas versões do mesmo roteiro. Uma nova ferramenta surge, um filtro viraliza, um áudio se espalha, e, de repente, todos estão recriando a mesma postagem. Mas será que paramos para pensar no motivo?
A tecnologia nos dá possibilidades incríveis, mas também nos coloca no piloto automático. Seguimos repetindo o que vemos sem questionar se aquilo realmente nos representa, se faz sentido para nós ou se estamos apenas acompanhando o fluxo por medo de ficar para trás.
A IA nos entrega fórmulas prontas, tendências previsíveis e conteúdos irresistíveis de serem reproduzidos. Mas onde fica a criatividade? Será que estamos usando a inteligência artificial ou artificializando a nossa inteligência? Quem serve a quem nessa relação?
Nos últimos dias só o que temos visto nas redes sociais é o desenho de fotos feito a partir de um estilo copiado pela inteligência artificial. Isso mesmo, copiado. Aí um estúdio que leva anos para construir uma obra artística fica banalizado por uma IA. Isso é homenagem, é referência? Ou é plágio?
E por que, de uma hora pra outra, você se vê obrigado a fazer também, sem nem entender o porquê? Porque estamos dentro de um efeito manada onde para parecer pertencente a uma sociedade precisamos fazer como os outros. Será?
Também não temos que ser radicais e dizer que seremos 100% originais, isso é quase impossível. Mas antes de seguir a próxima trend, vale a pena parar e refletir sobre o que estamos compartilhando e, o mais importante, por quê?
Te aguardo no Congresso de Negócios.
Daphne Kich Becker


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